Para a psicologia, o efeito do sucesso e suas consequênciasainda são um mistério. Sexo, drogas, música e futebol são caminhos que podem levardo delírio até morte. Culminando simplesmente em filmes ou livros como é o caso de Heleno de Freitas e Tim maia. Dois personagens resgatados nos últimos tempos que tiveram suas vidas marcadas pelo exagero desses elementos e estiveram em cartaz.
Como os grandes ícones da música mundial, a vida de Tim Maia não foi muito diferente, vivida numa intensidade incompatível com a longevidade, com romances violentos e, sobretudo, excesso de drogas. Desde que foi introduzido ao mundo dos psicotrópicos não parou mais, experimentando muito de tudo, de maconha a LSD, de álcool a cocaína, por vezes tudo ao mesmo tempo. Os prejuízos não foram só na saúde, mas a carreira e a vida pessoal seguiram o mesmo rumo,
O que pode levar a duas pessoas que conseguiram sucesso, admiração, amor, respeito e muito mais até a morte? Estes mistérios podem ser desvendados em interpretações que marcaram a história da dramaturgia nacional. Sem exagero.
Tiago Abravanel teve uma entrega similar e fez ao público conhecer ou reviver a história de Tim Maia. Após ser aprovado para o papel, Abravanel fez um laboratório intensivo de seis semanas. Seria injusto dizer que se trata de uma boa imitação. Muito mais do que isso, ele representa a vida de Tim Maia da juventude até a morte – com 55 anos – mudando não só o tamanho da barriga, mas a própria forma de cantar: é notável perceber como a voz límpida do início da carreira vai dando lugar à rouquidão com a decadência física do cantor. Como os grandes ícones da música mundial, a vida de Tim Maia foi vivida numa intensidade incompatível com a longevidade, com romances violentos e, sobretudo, excesso de drogas. Desde que foi introduzido ao mundo dos psicotrópicos não parou mais, experimentando muito de tudo, de maconha a LSD, de álcool a cocaína, por vezes tudo ao mesmo tempo. Os prejuízos não foram só na saúde, mas a carreira e a vida pessoal seguiram o mesmo rumo...
Popstars morrem mais cedo mesmo. Não é mito: a vida extremada, o contínuo estresse pela performance, a disponibilidade de álcool e drogas, tudo isso faz com que os famosos, pelo menos do mundo da música, morram 70% a mais do que a população geral nos anos seguintes ao sucesso. Só após vinte e cinco anos do início da fama os índices de mortalidade voltam ao normal. Significativo é perceber que o risco era maior para os que estouraram antes de 1980 – do final do século para cá parece que as pessoas estão menos tresloucadas.
Alguns podem achar que é a caretice da nossa época, preocupada demais com a saúde e com o politicamente correto, e que só essa loucura produz verdadeiros talentos. Mas talvez seja o contrário. Tim Maia viu seus shows rarearem e os discos encalharem depois que sua carreira desandou. Essa loucura toda mais atrapalhou do que ajudou, impedindo-os de brilhar ainda mais.
(dados de Daniel Martins de Barros - médico psiquiatria do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, coordenador médico do Núcleo de Psiquiatria Forense)
Post por Paula Alejandra Pinto Virreira
Como os grandes ícones da música mundial, a vida de Tim Maia não foi muito diferente, vivida numa intensidade incompatível com a longevidade, com romances violentos e, sobretudo, excesso de drogas. Desde que foi introduzido ao mundo dos psicotrópicos não parou mais, experimentando muito de tudo, de maconha a LSD, de álcool a cocaína, por vezes tudo ao mesmo tempo. Os prejuízos não foram só na saúde, mas a carreira e a vida pessoal seguiram o mesmo rumo,
O que pode levar a duas pessoas que conseguiram sucesso, admiração, amor, respeito e muito mais até a morte? Estes mistérios podem ser desvendados em interpretações que marcaram a história da dramaturgia nacional. Sem exagero.
Tiago Abravanel teve uma entrega similar e fez ao público conhecer ou reviver a história de Tim Maia. Após ser aprovado para o papel, Abravanel fez um laboratório intensivo de seis semanas. Seria injusto dizer que se trata de uma boa imitação. Muito mais do que isso, ele representa a vida de Tim Maia da juventude até a morte – com 55 anos – mudando não só o tamanho da barriga, mas a própria forma de cantar: é notável perceber como a voz límpida do início da carreira vai dando lugar à rouquidão com a decadência física do cantor. Como os grandes ícones da música mundial, a vida de Tim Maia foi vivida numa intensidade incompatível com a longevidade, com romances violentos e, sobretudo, excesso de drogas. Desde que foi introduzido ao mundo dos psicotrópicos não parou mais, experimentando muito de tudo, de maconha a LSD, de álcool a cocaína, por vezes tudo ao mesmo tempo. Os prejuízos não foram só na saúde, mas a carreira e a vida pessoal seguiram o mesmo rumo...
Popstars morrem mais cedo mesmo. Não é mito: a vida extremada, o contínuo estresse pela performance, a disponibilidade de álcool e drogas, tudo isso faz com que os famosos, pelo menos do mundo da música, morram 70% a mais do que a população geral nos anos seguintes ao sucesso. Só após vinte e cinco anos do início da fama os índices de mortalidade voltam ao normal. Significativo é perceber que o risco era maior para os que estouraram antes de 1980 – do final do século para cá parece que as pessoas estão menos tresloucadas.
Alguns podem achar que é a caretice da nossa época, preocupada demais com a saúde e com o politicamente correto, e que só essa loucura produz verdadeiros talentos. Mas talvez seja o contrário. Tim Maia viu seus shows rarearem e os discos encalharem depois que sua carreira desandou. Essa loucura toda mais atrapalhou do que ajudou, impedindo-os de brilhar ainda mais.
(dados de Daniel Martins de Barros - médico psiquiatria do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, coordenador médico do Núcleo de Psiquiatria Forense)
Post por Paula Alejandra Pinto Virreira
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