terça-feira, 23 de abril de 2013

Novidades sobre a cinebiografia do Tim!

Após atrasos na produção devido a problemas no patrocínio, a cinebiografia que irá retratar a vida pessoal e profissional do cantor Tim Maia, que morreu em 1998, sairá em 2014. Dirigido por Mauro Lima e com a produção da RT Features, o filme começa a ser rodado no próximo mês.

Quem irá interpretar o cantor da adolescência até o período em que ele volta dos Estados Unidos é o ator Robson Nunes, que tem em seu currículo Malhação e outras novelas da Rede Globo. Já na fase adulta, quem irá encarnar o papel é o ator Babu Santana. Outro nome que está cotado para fazer parte do projeto é o do ator Cauã Reymond, que dará vida ao paraguaio Fábio, amigo e parceiro do músico na juventude.

O longa foi baseado no livro “Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia”, escrito por Nelson Motta e quem assina o roteiro é Antonia Pellegrino. A história passará por cinco décadas da vida de Sebastião Rodrigues Maia e há filmagens previstas no Rio e em Nova York.

O Blog Chama O Sindico aguarda ansiosamente essa obra nas telonas!



Babu Santana
Robson Nunes




Post por Felippe Pimentel

Juca Kfouri entrevista Tim Maia

A entrevista realizada em 1997 mostra toda a irreverência de um Tim Maia sincero e polêmico. No bate-papo comandado pelo jornalista Juca Kfouri, o síndico fala sobre a proibição de cantar na Rede Globo, política, música e muito mais. Confira:





Post por Raphael Silva

Tim Maia Racional - Parte 3

Tim Racional (e formidável)

Quem conhece, sabe: Tim Maia era um cantor, sem sombra de dúvidas, espetacular, mas o uso abusivo de drogas e álcool prejudicava, e muito, a sua carreira. Os atrasos em shows eram característicos de sua fama, isto é, quando ele comparecia. Porém, um dia Tim Maia ficou limpo.

Em 1974, Tim estava começando a produção de seu novo disco. As canções estavam prontas, porém, as letras ainda não haviam sido compostas. O cantor decidiu então visitar seu amigo, Tibério Gaspar e, enquanto esperava que este saísse do banho, começou a folhear um livro. Quando Tibério saiu do banho, Tim quis saber mais detalhes sobre o livro chamado “Universo em Desencanto”, que falava sobre a seita filosófico-religiosa Racional Superior, fundada por Manoel Jacintho Coelho em 1935.

Tim foi totalmente conquistado pela Cultura Racional, se converteu ao Universo em Desencanto, passando a usar somente roupas brancas e cortando da sua vida o álcool, o sexo e as drogas. Devido a sua personalidade forte, Tim converteu todos os membros da banda, com as mesmas proibições e ainda verificava se estes cumpriam as exigências. A mudança de antigos hábitos nada saudáveis do cantor permitiu que sua voz rendesse o máximo que podia. Tim cantava com paixão por acreditar cegamente na mensagem que transmitia.



Naquela época, houve um grande desentendimento com a gravadora, pois o cantor não conseguiu convencer os seus empresários a acreditar naquilo que parecia ser a resposta para todas as suas perguntas. Portanto, Tim criou sua própria gravadora e lançou os dois discos que seriam considerados raridades algumas décadas depois.

O intuito dos álbuns era exaltar a Cultura Nacional, as letras citavam constantemente o livro “Universo em Desencanto” e sua influência na vida de Tim. Como exemplo, um trecho da música “Bom Senso”, terceira faixa do primeiro volume do “long-play” Tim Maia Racional:

“Já virei calçada maltratada/ E na virada quase nada/ Me restou a curtição/ Já rodei o mundo quase mudo/ No entanto num segundo/ Este livro veio à mão/ Já senti saudade/ Já fiz muita coisa errada/ Já pedi ajuda/ Já dormi na rua/ Mas lendo atingi o bom senso/ A imunização racional.”





Porém, essa fase já estava acabando. As apresentações eram cada vez mais escassas, a banda só se apresentava para os participantes do culto e os shows com cachê eram raríssimos. Em setembro de 1975, Tim teve uma recaída, tirou e queimou as roupas brancas, foi para a janela completamente nu, gritando aos quatro ventos que Manoel Jacintho era um pilantra.

Após o ocorrido, essa fase passou a ser negada pelo cantor. Por melhores que seus álbuns fossem, seriam considerados motivo de vergonha por Tim. Hoje os álbuns são facilmente encontrados, sendo o álbum Tim Maia Racional Volume 1 o 17º álbum mais importante da história da música brasileira, eleito pela edição brasileira da revista Rolling Stone.


Post por Aline Viriato

A história por trás da música "Gostava Tanto de Você"

Muitas são as lendas que regeram a vida do polêmico Tim Maia. Uma delas é em torno da música "Gostava Tanto de Você", composta pelo então amigo do cantor Edson Trindade, falecido em 05 de fevereiro de 1993.

Bem sabemos que todo compositor busca inspiração para realizar o seu trabalho. A letra dessa música nos leva a acreditar que o compositor se inspirou em uma desilusão amorosa quando, na verdade, trata-se de um pai que perdeu um filho(a). Não precisa ser inteligente para perceber que a letra fala sobre uma profunda perda.

Não há informação segura de que o compositor Edson Trindade tivesse perdido alguma filho(a), ao contrário do cantor Tim Maia, que perdeu uma filha de 15 anos num acidente de carro - assim conta a lenda.

Embora só viesse a ser gravada em 1973 no LP "Tim Maia", “Gostava Tanto de Você” é do final dos anos 50 e fez muito sucesso já naquele ano. O compositor Edson Trindade era amigo de Tim desde 1957, quando participaram juntos da banda de rock "Os Sputnicks" e, em 1958, do conjunto "The Snakes", também ao lado de Roberto e Erasmo Carlos e Arlênio Gomes.

Porém, durante a minha pesquisa, feita com base em vários sites, descobri que existem muitas contradições em torno do assunto, pois uns dizem que quem perdeu o filho(a) foi Tim Maia e outros que foi Edson Trindade quem sofreu a perda. Portanto, prefiro parar por aqui.
Ninguém sabe ao certo o porquê que o levou a escrever essa letra, então a interpretação fica em aberto, o que deixa tudo bem mais interessante.


Então, vamos à música:


Gostava Tanto de Você
Tim Maia
Compositor: E. Trindade


Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...

Você marcou em minha vida
Viveu, morreu
Na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em minha porta bate...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver pra não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...

Você marcou em minha vida
Viveu, morreu
Na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em minha porta bate...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver pra não lembrar


Post por Jorge Chaves

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Tim Maia Racional - Parte 2

 O Universo em Desencanto de Maia

Tim como todo artista era sensível e buscava entender o mundo. Grande parte de suas  músicas eram profundos desabafos de solidão e busca por auto conhecimento. É como se tudo o que sentisse fosse tão forte que ele não podia dar conta sozinho e, por isso, cantava para o mundo “Ah! Se o mundo inteiro me pudesse ouvir. Tenho muito pra contar. Dizer que  aprendi”, assim como deixava explícito em uma de suas músicas.

Tim Maia era ateu, praticamente não acreditava em nada. Seu amigo Paulinho conta que uma vez  ele o ligou falando que precisava lhe contar uma coisa. Quando chegou a casa do músico, viu uma coisa raríssima: Tim lendo um livro. Então, o cantor começou a contar para Paulinho que tinha conhecido o “Universo em Desencanto”. O amigo achou que ele estava viajando, como de costume, mas desta vez, Tim estava sóbrio.

A profunda sensibilidade e a busca por respostas fez com que Tim ingressasse nessa seita, que tem a concepção de preparar os humanos para entrar em contato com seres extraterrenos. Ele, que já tinha interesse por ufologia e questões místicas, usou as filosofias do Universo em Desencanto para se aprofundar. O músico teve que se dedicar a esse conhecimento através da leitura, somando quatro livros lidos e relidos. A seita veio a acrescentar muito conhecimento ao cantor, que a descreveu da seguinte forma:“Nós somos originários de um planeta distante e perfeito e estamos na Terra exilados. Aqui nós vivemos na animalidade, sujos e magnetizados, sofrendo nesse vale de lágrimas. A única salvação é a imunização racional, que se conquista lendo o livro e seguindo seus ensinamentos. Só assim podemos nos purificar e ser resgatados pelos discos voadores de volta ao nosso planeta de origem: O Racional Superior.”

Ele parecia pleno em suas idealizações. Cantava “Que beleza é poder curtir a natureza. Ter certeza de onde vem e pra onde vai”. Cortou o cabelo, raspou a barba, o que o deixou parecendo outro homem. Porém, se frustrou ao se dar conta que apesar de a proposta do Universo em Desencanto ser a evolução, a seita estava sendo liderada por pessoas inescrupulosas que não estavam de fato em busca desse propósito. Eles usaram a fama do cantor para promover a filosofia deles, visando apenas a fama e o dinheiro.Um álbum inteiro foi gravado difundindo os conceitos do Universo em Desencanto. Tim estava totalmente imerso nessa busca e fez de tudo para divulgá-la. Quando percebeu que estava lidando com charlatões, deixou o cabelo e a barba crescerem e nem quis mais se lembrar desse tempo.

Essa foi uma parte de Tim, um homem sensível que buscava a evolução. Mas a vida dele foi  inteira permeada por escândalos e desacatos. Se as raízes da sua fúria podem ser tanta sensibilidade sem controle emocional ou descontentamento com o mundo, não é possível saber. Mas sem dúvida, ele era um homem de contradições, escândalos e questões profundas e expressava tudo isso em suas músicas que ainda hoje tocam multidões.

Conheça a música "Universo em Desencanto"

Assista ao vídeo de Tim dando uma entrevista ao Jô Soares sobre a seita Universo em Desencanto. Click aqui

Fontes:
Livro: Vale Tudo. Tim Maia – Nelson Motta
Tim Maia Vale Tudo – O Musical


Post por Marcelle Bottini

Entre a extravagância e a formalidade: o figurino de Tim

Tim Maia sempre surpreendia nos figurinos. Uma hora usava trajes excêntricos, como suas famosas roupas metálicas brilhantes, outra, roupas mais formais, como nesta foto publicada numa revista em que ele dizia que iria criar um partido para "pôr ordem no país".

Em breve aqui no blog um post sobre os figurinos do nosso Síndico!


Post por Larissa Acosta

domingo, 14 de abril de 2013

O primeiro disco da carreira de Tim Maia



Quando lançou seu primeiro álbum no início da década de 1970, Tim Maia havia gravado apenas dois compactos, com músicas de sua autoria. Foi Nelson Motta, produtor musical, quem ajudou o então pouco conhecido Maia, após ter escutado a canção Primavera. Motta, que gostou muito do trabalho e da pessoa de Tim, o colocou em contato com Elis Regina, com quem gravou These are the songs, no ano de 1969. Isso chamou a atenção de sua gravadora, a Polydor, que acelerou o processo de gravação de seu primeiro disco.

Tim Maia é o primeiro álbum de estúdio gravado pelo cantor e compositor brasileiro de mesmo nome e foi lançado em 1970 pela Polydor, selo da antiga gravadora Polygram. O disco foi bem recebido pelo público e foi um dos mais vendidos do ano seguinte ao seu lançamento. Contém clássicos da carreira de Tim como Azul da Cor do Mar e Primavera. O disco contém uma mistura de rock e soul e foi eleito em uma lista da versão brasileira da revista Rolling Stone como o 25º melhor disco brasileiro de todos os tempos.



Post por Lara Braga

O culto ao Tim Maia místico - Revista Época

Matéria especial da revista Época comentando a fase religiosa do Tim Maia.





Post por Raphael Silva

As 10 melhores frases de Tim Maia

1. “Hoje, sou latino, mas em Nova York eu era preto mesmo.”

2. “O que nós temos de melhor no Brasil são a música, o futebol, o jogo do bicho, a batata doce e o baseado – temos que exportar isso. E ainda temos o Maguila, que vai matar o Mike Tyson. De susto, mas vai.” – em sua divertidíssima entrevista de lançamento de sua ‘candidatura’ a prefeito da Barra da Tijuca pelo PLG – Partido Liberou Geral.

3. “Fiz uma dieta rigorosa. Cortei álcool, gorduras e açúcar. Em duas semanas, perdi 14 dias.”

4. “Dos artistas do Rio, metade é preto que acha que é intelectual e metade é intelectual que acha que é preto.”

5. “O Brasil é uma terra de mestiço pirado querendo ser puro-sangue.”

6. “Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita.”

7. “No meu disco de bossa nova, gravei Garota de Ipanema em inglês sim. Em português, até o Dom Helder Câmara já gravou. Só falta mesmo o delegado Romeu Tuma fazer uma versão também.”

8. “Dizem que maconha vicia. Eu acho que é mentira. Tem um amigo meu que fuma há 25 anos e até hoje não é viciado.”

9. “Não saio com mulheres famosas porque não pago acima da tabela.”

10. “Quando soube que o Prince pediu 180 toalhas no camarim pra tocar no Rock in Rio, passei a pedir 18 toalhas por show. Ou seja, pedi 10% do Prince pra ver se fico mais valorizado.”


Fonte: Revista Club Alfa


Post por Lais Pereira

terça-feira, 9 de abril de 2013

Ausências em shows marcaram carreira de Tim Maia

Uma das maiores lendas sobre Tim Maia diz respeito ao hábito recorrente de não aparecer em suas próprias apresentações. Em alta no meio artístico, seus shows lotavam as casas de espetáculos, mas não foram poucas as vezes em que eles acabaram sendo cancelados em cima da hora. O motivo, conforme confirmou o amigo e produtor musical Nelson Motta, era o abuso de drogas.

Autor do livro "Vale Tudo" (2007), que conta a vida do cantor, Motta revelou que a situação muitas vezes passava do controle. "Tim geralmente faltava a shows porque estava derrubado pelo que chamava de triátlon – uma maratona de uísque, cocaína e maconha. Muitas vezes, mesmo em condição precária, ele estava até com vontade de cantar, mas não havia voz", contou na publicação.

O hábito pouco profissional do músico lhe rendeu caro: em sua carreira, foram quase 300 processos judiciais movidos por empresários, casas noturnas e pessoas que alegavam parceria com o cantor. O número foi levantado pela revista Veja, que confirmou a informação com Júlio César Figueiredo, advogado dos herdeiros de Tim: "Ele poderia ter ganhado muitos desses processos, mas jamais compareceu às audiências".

Uma das ausências que mais repercutiram foi no programa "Domingão do Faustão", exibido pela Rede Globo. Após anunciar a participação do cantor durante toda a semana, ele simplesmente não apareceu na gravação. Em represália, a emissora proibiu a participação de Tim em seus programas. "Nem no fundo musical do Xou da Xuxa eu posso cantar. Assim as crianças crescem sem saber quem foi Tim Maia", brincou o cantor na ocasião.

Antes disso, em 1986, ele também acertou a participação no especial "Chico e Caetano" e chegou a comparecer ao ensaios, mas não foi no dia da gravação. Para não perder o encontro inédito de Tim Maia com Chico Buarque e Caetano Veloso, a Globo optou por exibir trechos do ensaio. Relembre:


Post por Felippe Franco

Tim Maia Racional - Parte 1


Conhecido por sua personalidade forte e, às vezes, até grosseira, Tim Maia se rendeu aos ensinamentos de uma seita misteriosa, que mudou temporariamente o seu comportamento e a sua forma de enxergar o mundo. 
O que essa seita tinha de tão especial e esclarecedor? Foi o que alguns alunos da nossa equipe se perguntaram.
Descubra nesta série de matérias algumas respostas a respeito dessa fase da vida do nosso Síndico!

Larissa Acosta



Tim Maia Racional 

A década de 70 foi um período místico na música brasileira. Foi nessa época que Jorge Ben lançou "A Tábua de Esmeralda" e "África Brasil", álbuns que falavam de alquimia e outros mistérios medievais. Entretanto, os mais polêmicos lançamentos dessa fase esotérica da MPB, foram os discos "Racional Volume 1" e "Volume 2", gravados por Tim Maia.

Em julho de 1974 Tim estava em fase de  produção de seu novo disco. As músicas estavam praticamente prontas, faltando apenas as letras. Um belo dia, durante uma visita a Tibério Gaspar, Tim pegou emprestado do amigo o livro "Universo em Desencanto" de Manoel Jacintho Coelho, também fundador de uma crença chamada de Cultura Racional.

A partir daí, Tim quis saber mais detalhes sobre o que acabara de ler. Dias depois, queria dividir com as pessoas,  o que tinha aprendido com o livro cuja base filosófica era: “Nós somos originários de um planeta distante e perfeito e estamos na Terra exilados. Aqui, nós vivemos na animalidade, sujos e magnetizados, sofrendo nesse vale de lágrimas. A única salvação é a imunização racional, que se conquista lendo o livro e seguindo seus ensinamentos. Só assim podemos nos purificar e ser resgatados pelos discos voadores de volta a nosso planeta de origem: o Racional Superior.”

Pouco tempo depois, Tibério levou Tim à Baixada Fluminense para conhecer o mestre Manoel Jacintho Coelho sumo sacerdote do Racional Superior, que psicografava os livros e comandava os rituais de leitura, doutrina e purificação.

Tim ficou alguns dias isolado, em processo de conversão à “seita”, participando por exemplo, de rituais de leituras do livro em coro, vestido completamente de branco.

Quando voltou, reuniu sua banda e foi pra São Paulo para fazer o show de abertura do Teatro Bandeirantes.

Antes da última música do show, Tim Maia agradeceu a todos e disse, que estava lendo um livro muito importante e gostaria de recomendá-lo a todos, e em seguida, finalizou com os versos:

 “Uh, uh, uh, que beleza
Que beleza é sentir
A natureza…”

Deste momento em diante, Tim tornou-se um novo homem. Mudou o visual, raspando o bigode e cortando o cabelo e passou a vestir-se apenas de branco. Abdicou também de seus prazeres preferidos: drogas, bebidas e sexo por segundo ele, se tratarem de “coisa do demônio” e adotou uma dieta rigorosa que não incluía carne vermelha.


Tim Maia na fase esotérica
Tim Maia na fase esotérica


Como conseqüência destas mudanças radicais, não apenas perdeu peso  como também sua voz estava melhor do que nunca. Após melhorar a letra de “Que Beleza”, Tim levou a fita para seu mestre,  Manoel Jacintho.

Enxergando a grande visibilidade que a canção traria para a Cultura Racional,  Manoel o incentivou a mudar todas as letras do disco. Nascia ali o disco renegado de Tim Maia, o “Tim Maia Racional”.
Mas havia um problema: a gravadora de Tim (RCA) não queria lançar o disco, pois além de estarem vivendo numa época de repressão cultural e política, não estavam dispostos correr o risco de ver o disco censurado, causando um prejuízo incalculável.

Nascia assim a Seroma Discos, fundada pelo próprio Tim e batizada com seu nome (Sebastião Rodrigues Maia).

No entanto, os músicos sofriam com a conversão e fanatismo de Tim, já que não partilhavam do mesmo entusiasmo. Além de lerem livros chatos, também tinham que seguir as regras impostas por Tim, como por exemplo: vestir apenas roupas brancas, não beber, fumar e/ou fazer sexo a não ser com o propósito de procriação.

Os tempos de Tim Maia Racional resultaram em pouquíssimas apresentações e cachês reduzidos. A banda praticamente só tocava para os participantes da crença, que eram também basicamente quem comprava os discos.

Quando os discos chegaram à imprensa e às rádios, ninguém entendeu nada. “Que Beleza” agradou um pouco, mas o restante das músicas foi sumariamente ignorado. A crítica pegou pesado com o disco e as lojas não queriam ter com nenhuma cópia.

No dia 25 de setembro de 1975, Tim Maia teve uma “desiluminação” e abandonou a seita no seu velho estilo: quebrando tudo.

Depois dessa desilusão, Tim sempre pareceu sentir muita vergonha do período Racional, renegando os dois volumes lançados em 1975. Para ele, aquele era um episódio de sua vida que não deveria nunca mais ser lembrado por ninguém.

Hoje em dia, as letras Racionais soam curiosas e até divertidas, principalmente para quem conhece um pouco sobre a figura excêntrica e impulsiva de Tim Maia.


Post por Luciana Nascimento

Homenagem ao Tim no Quiosque Globo Rio

Dono de um vozeirão inconfundível, Tim Maia subiu ao palco pela última vez em 1998, deixando uma saudade que já dura 15 anos. No último dia 15, o Quiosque Globo Rio, na Praia de Copacabana, fez uma homenagem a esse grande músico, que foi e ainda é um dos mais queridos e influentes do Brasil. Ao som da banda Vitória Régia, com quem o cantor se apresentou por 22 anos, as pessoas puderam matar a saudade deste ilustre artista, que deixou sua marca na vida de todo o mundo.








Post por Isabella Brasil

Tim: engraçado e polêmico

Que Tim Maia era uma pessoa engraçada e imprevisível, nós já imaginávamos. Octávio Canto – engenheiro de som e produtor musical – já dividiu o palco com esta ilustre figura da musica brasileira e trabalhou com alguns dos seus músicos. Ele conta que após a passagem de som, Tim Maia sempre dava o "ok", porém, durante o show, fazia insistentes pedidos de graves, médios e agudos. E mesmo que se fizesse o que ele pedia, Tim continuava a insistir nessas reivindicações.

Além disso, o produtor musical nos contou uma história engraçada sobre o cantor. Mac Wiliam, amigo de Octávio e um grande baterista, certa vez foi indicado para tocar com o Síndico. Mac já tocou com grandes músicos como Fernanda Abreu, Flávio Venturini, Lulu Santos dentre outros, e foi feliz para o ensaio. Chegando lá, ele começou a montar a sua bateria. Ao colocar o pedal que toca o bumbo, resolveu testá-lo dando um simples toque, para verificar se a posição estava ergonomicamente confortável. Foi então que Tim falou: - "Esse rapaz não sabe tocar bateria! Troquem o baterista." Mac Wiliam sequer teve a chance de mostrar o seu trabalho, apenas experimentou a posição do pedal. Por fim, o baterista foi embora e nunca mais voltou.

Óctávio Canto afirma que admira o cantor como artista e que gostaria de não ter só divido o palco com Tim Maia, mas também de ter trabalhado diretamente com o músico, que merece ser lembrado e respeitado não apenas como artista, mas também como pessoa.


Entrevistado: Octávio Canto – Engenheiro de Som e Produtor Musical.


Post por Gabriela Albuquerque

sexta-feira, 5 de abril de 2013

“Do leme ao Pontal” no MAM

A festa carioca em homenagem a Tim Maia e a outros grandes nomes da Música Popular Brasileira, já tem data, hora e local marcado. O evento ocorrerá no dia 20 deste mês, às 10h da noite, no Museu de Arte Moderna, no Aterro do Flamengo, e contará com o tradicional Open Bar e diversas atrações que serão divididas em duas pistas: Do Leme e Ao Pontal.

A presença da ‘Banda Vitória Régia’ à celebração é garantida. O show da banda que acompanhou o “Síndico” da MPB está previsto para acontecer às 2 h e 30 min na pista do Leme.

Os ingressos já estão à venda e podem ser comprados pela internet no ingressocerto.com ou nos pontos de venda das Lojas FARM (Ipanema, Rio Design Leblon e Village Mall) e nos Postos BR (Piraquê e Bouganville).

Para ver a programação completa e os valores do ingresso é só clicar aqui.



Post pot Aryanne Dos Santos

Um síndico imprevisível

(Foto: Revista Brasileiros)

 Em Março de 1998, a música popular brasileira sofria uma grande perda. Em Niterói, Tim Maia havia acabado de falecer devido a uma infecção generalizada. O cantor foi sem dúvida uma das figuras mais importantes para a música e cultura brasileiras. Nascido no Rio de Janeiro, Tim Maia cantou, produziu, empreendeu, foi maestro e multi-instrumentalista, teve seu trabalho definido como mais de 6 tipos de ritmos musicais e influenciou grandes nomes da música brasileira como Marisa Monte, Lulu Santos e Os Paralamas do sucesso. 
Quinze anos depois de sua morte, Tim Maia continua presente na mídia e na cultura brasileira, talvez tanto quanto em vida. Em 2007, O jornalista e produtor musical Nelson Motta lançou uma biografia do cantor que conta a história de sua vida acompanhada de perto por ele, que foi amigo pessoal de Tim Maia por mais de vinte anos. A obra ganhou prêmios e ficou um bom tempo em primeiro lugar na lista de biografias mais vendidas do Brasil.

Em 2009, Nelson Motta juntou-se a João Fonseca para criar “Vale Tudo”, peça musical baseada no livro previamente escrito por Nelson. Sucesso de crítica e público, a peça, ainda em cartaz no Teatro NET, atingiu recordes de bilheteria para o gênero musical no teatro brasileiro.

Não restam dúvidas de que toda essa repercussão atemporal de sua arte tem muito a ver com a genialidade de Tim Maia. Como todo grande gênio e produtor criativo que deixa sua rica marca no mundo, Tim tinha muitas características de personalidade e experiências vividas um tanto “excêntricas”. Esse jeito único casado com a qualidade de sua música, fizeram do nome Tim Maia um alimento do qual não se consegue enjoar para a mídia e o grande público.

Tim deixou um legado de “insanidade” que não veio como consequência da fama apenas, mas que já datava da época quando ainda era moleque e vivia na Rua Afonso Pena, na Tijuca. Na sua adolescência, Tim entregava quentinhas provenientes da pensão de seu pai, Altivo Maia, no bairro e uma das casas que pediam o serviço com frequência era a de Erasmo Carlos, seu amigo na época e também interessado por um futuro profissional na música. Em certa ocasião, Erasmo reclamou do atraso na entrega das quentinhas e Tim Maia, revoltado, perseguiu o amigo pela rua com um pedaço de ferro nas mãos.

Ainda antes da fama, Tim Maia morou nos Estados Unidos. Lá ele estudou inglês e até trabalhou em lanchonetes para entrar em contato com a música. Foi então que se identificou com a Soul Music e entrou para uma banda chamada “The Ideals”. Entretanto, o cantor não aproveitou seu tempo só de forma cultural. A viagem foi marcada por muita bebida, muitos baseados e cinco prisões que envolviam desacato, bebedeira e até roubo de gasolina em um posto. Na quinta prisão, ele se envolveu em uma briga com outro penitenciário que acabou tendo sua orelha “devorada” por Tim Maia. Transferido para outra prisão, ele conheceu pelo rádio a música do então jovem de 12 anos, Stevie Wonder, enquanto tremia de medo pela cadeira elétrica aplicável no estado da Flórida. Quando o carcereiro chamou por “Maia” e o levou ao juiz, Tim foi deportado de volta para o Brasil, onde começaria sua carreira com o álbum “A onda é o Boogaloo”, que finalmente traria o soul para o movimento da jovem guarda. Seu grande sucesso poderia estar apenas começando, mas as loucuras de Tim já eram bem antigas e continuaram o acompanhando pelo resto de sua carreira, fazendo que o público o amasse por seu jeito tão excêntrico e polêmico.


Referências:
· Folha Dirigida – Livraria da Folha : Crítica da Biografia- - Vale Tudo, por Nelson Motta
· Revista QUEM, Matéria “As 7 Loucuras de Tim Maia”
· Vale Tudo. Motta, Nelson (2007, Objetiva)


Post por Rafael Lundgren

Animação com Tim Maia

David Byrne é músico, compositor e produtor musical, nascido na Escócia, mas desde os 7 anos vive nos EUA. David está investindo pesado na promoção de seu novo projeto “The Existencial Soul of Tim Maia – Nobody Can Live Forever”, uma coletânea que reúne os maiores sucessos do nosso Soul Man. O vídeo chamado “The Existencia Adventures of Tim Maia” (As Aventuras Existenciais de Tim Maia), mostra algumas passagens de sua vida, como a relação com as drogas e outros fatos. A animação foi feita como peça promocional de uma coletânea que saiu no exterior no fim do ano passado.

O animação é simplesmente incrível, confira:



Post por Lais Pereira

Tim Maia Vs. Ed Motta

Conhecido por seu temperamento irreverente e agressivo e por suas inúmeras faltas em shows, Tim Maia, grande músico brasileiro, também não tinha uma boa relação com o seu sobrinho, o músico Ed Motta. O artista, que nunca gostou de falar no assunto, falou em entrevista no Programa do Jô em 2010, “Geralmente quem pergunta do Tim Maia para mim, ou é completamente ignorante ou quer me irritar, mas só ganha meu desprezo e a entrevista acaba na hora”, afirma Ed.

A frieza estampada na voz de Ed Motta evidencia a mágoa que ele sente do tio. Ele afirma que Tim sempre falou mal dele, desde a primeira entrevista. "Nunca falei mal do Tim Maia, podem procurar em arquivos de jornais, etc...", afirma o músico. Mas mesmo com tantos mal entendidos, Ed diz gostar da música do tio e diz que ele deixou uma boa recordação para Música Popular Brasileira.

De acordo com Ed Motta, eles pararam de se falar no começo dos anos 90. O cantor revela também que foi uma tristeza para a sua mãe, "Meu pai não falava com ele desde minha 1º entrevista. Eu sou um sujeito boa praça, tranquilo, me dou bem com todo mundo, mas se pisa no meu calo, eu disparo um canhão numa boa”, desabafa o músico.

Porém, essa rixa entre tio e sobrinho não acontece desde sempre. Quando Ed Motta era pequeno, seu tio lhe presenteou com uma bateria, pois achava o sobrinho genial. Mas, quando viu que a afinidade com a música estava ficando séria, a coisa mudou de figura, o que deixa evidente para os fãs de Tim que o que acontecia entre ele e o sobrinho era uma competição musical, totalmente sem fundamento, que atrapalhava não só o relacionamento e a paz de uma família, como a evolução musical de dois grandes músicos do Brasil.

Tim Maia e Ed Motta

Post por Suzana Moura

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Tim nas telonas!


Considerado pela revista Rolling Stone o 9º cantor mais importante da música brasileira, o "síndico" Tim Maia vai ter sua vida transformada em filme.  O longa sobre a trajetória do cantor foi inspirado no livro “Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia”, escrito por Nelson Mota. As filmagens estão previstas para 21 de Maio e será dirigido por Mauro Lima.
A história passará por cinco décadas da vida de Sebastião Rodrigues Maia. Há filmagens previstas no Rio e em Nova York. Na adolescência o papel ficará com Robson Nunes e na fase adulta Babu Santana. O ator Cauã Reymond está confirmado e será um paraguaio amigo e parceiro do músico na juventude. Entretanto, os atores Vladimir Brichta e Fernanda Torres recusaram os papéis por conta do seriado Tapas e Beijos da Rede Globo.

Post por Luanna Tavares

Curiosidades sobre a personalidade de Tim Maia

 Que Tim Maia era um homem talentoso e carismático, todos nós sendo fãs declarados ou não, sabemos e é inegável.  Ele costumava se definir como um “especialista em cornologia, sofrências e deficiências capilares”.  Seu gênio forte, potencializado pelo abuso de álcool e drogas,  gerou diversos conflitos com gravadoras e até emissoras de Tv. Boni, então diretor da Rede Globo, chegou a proibi-lo de aparecer por lá durante uma década, após Tim não ter comparecido a um programa do Domingão do Faustão, alegando ter sido o seu aniversário na noite anterior, o qual o cantor fez questão de comemorar com muita bebida e cocaína.Pouco depois, Tim manifestou sua opinião sobre esse “corte”: "Tive que acionar a Globo na Justiça porque eles me cortaram até do fundo musical do Xou da Xuxa. E quem mandou me cortar? O Boni!"

No entanto, o que não é de conhecimento do grande público, são algumas curiosidades a respeito da personalidade deste homem possuidor de uma franqueza desorientadora e um gênio indomável.
Compôs sua primeira canção aos 08 anos


  • Quando tinha 14 anos, ele quase “matou” Erasmo Carlos. Na época, ambos moravam na Tijuca e Tim entregava quentinhas na vizinhança. Um dia, quando Erasmo foi reclamar com seu amigo sobre um atraso na entrega, Tim saiu correndo atrás dele furioso com um pedaço de ferro na mão. Nesta mesma época, organizou sua primeira banda, chamada “Tijucanos do Ritmo”.

Tijucanos do Ritmo
Tim Maia e Erasmo Carlos

  • Nos cinco anos que viveu nos EUA (de 1959 a 1964), ele foi deportado após ser preso por seis meses, por ter fumando maconha em um carro roubado.

  • Russo, antigo assistente de palco da Globo, tinha a mania de beliscar o bumbum de artistas nos bastidores do programa do Chacrinha. Quando fez isso com Tim, ele ficou furioso e prometeu nunca mais pisar no palco do Velho Guerreiro. Para que Tim voltasse lá, foi necessário que sua mãe interviesse, a pedido do próprio Chacrinha.

  • Era um grande amante dos animais, especialmente cães.  Tinha um gavião chamado “empresário”. Segundo ele, deu esse nome por achar que os empresários eram “aves de rapina”

  • Ele se recusava terminantemente a participar de discos de outros intérpretes. Segundo ele era “colocar empada na azeitona dos outros.”

  • Uma de suas frases memoráveis é:  'Fiz uma dieta rigorosa: cortei álcool, gorduras e açúcar. Em duas semanas, perdi 14 dias'. 

  • O cantor Ed Motta é seu sobrinho. E dizem que o principal motivo dele nunca ter se dado bem com o tio, é o fato de um dia Tim ter flagrado sua mulher na cama com Ed Motta.


  • Tim Maia fez parte da seita "Universo em Desencanto" por dois anos. Durante esse período, gravou as músicas que fazem parte da "Fase Racional" de sua carreira.


Tim Maia e estudantes da Cultura Racional - Universo em Desencanto


Post por Luciana Nascimento

terça-feira, 2 de abril de 2013

Thiago Abravanel ganha prêmios por musical sobre Tim Maia




O espetáculo “Tim Maia – Vale Tudo” ganhou em 2012 o “Prêmio de Qualidade Brasil” em três categorias: “Melhor Ator”, “Melhor Direção” e “Melhor Musical”. Thiago Abravanel, que interpreta Tim Maia nos palcos, venceu também o Prêmio Faz Diferença, do Jornal O Globo, na categoria Teatro, além de ter sido indicado ao Prêmio Quem de Teatro.


Post por Lais Pereira

Crônica escrita por Nelson Motta na qual usou frases marcantes de Tim Maia.


A política, segundo Tim Maia

Sempre que perguntada, a maioria da população brasileira tem se manifestado contra a liberação do aborto, da maconha e do casamento gay, e a favor da pena de morte e da maioridade penal aos 16 anos. Sem duvida são posições conservadoras, ou “de direita”, como diz o Zé Dirceu, e, no entanto, são esses que elegem os governos e as maiorias parlamentares ditas “de esquerda” hoje no Brasil. Como harmonizar o conservadorismo na vida real com o progressismo na política ? Talvez Tim Maia tivesse razão quando dizia que, “no Brasil, não só as putas gozam, os cafetões são ciumentos e os traficantes são viciados, os pobres são de direita”. Uma ingratidão com a esquerda que lhes dá o melhor de si e luta pelo seu bem estar. Mas tanto a maioria dos velhos pobres como dos novos, da antiga classe média careta e da nova mais careta ainda, e, claro, as elites, acreditam em Deus, na família e nos valores tradicionais, e rejeitam ideias progressistas. Discutir, apenas discutir as suas crenças, é considerado suicídio eleitoral. Quando Abraham Lincoln, em 1862, promulgou a Homestead Law, a lei da reforma agrária nos Estados Unidos, assegurando a cada cidadão o direito de requerer uma propriedade de até 4 mil metros quadrados de terra do Estado, pagando 1 dólar e 25 centavos, criou milhões de pequenos proprietários rurais – que deram origem às grandes maiorias conservadoras de hoje, que ganharam sua bolsa-terra e não querem mudar mais nada. Uma ação politicamente progressista gerou milhões de novos reacionários. Um século e meio depois, no Brasil, a nossa “nova classe média”, que tem casa, carro, crédito, viaja de avião, e é eleitoralmente decisiva, parece ser ainda mais conservadora do que a “velha”. A ascenção social exige segurança e instituições sólidas, quer conservar o que conquistou e reage a mudanças que ameacem suas conquistas. Como Tim Maia, querem sossego. Então por que não param de falar em esquerda e direita como se fosse de futebol e tentam entender o que está acontecendo ? Como disse o ex - comunista Ferreira Gullar, “ no meu tempo ser de esquerda dava cadeia, hoje dá emprego. “


Post por Nayanne Louise
Fonte: Sintonia Fina