quarta-feira, 29 de maio de 2013

Tim nas alturas

O cenário é Morro da Urca (RJ), em agosto de 1978, durante o evento Noites Cariocas produzido por Nelson Motta, amigo e admirador de Tim Maia. Já passa da meia noite, o morro está lotado e nada da estrela principal chegar. Todos da produção estão muito preocupados e o público já ameaçando quebrar tudo quando Nelson atende o telefone e é Tim Maia já na praça da Urca “doidão” dizendo que não ia subir no bondinho:

- "Não entro nesta porra de jeito nenhum. Só com anestesia geral".

O grande Tim Maia tinha medo de altura.

Por esta, nem mesmo Nelson Motta podia esperar de um homem que, em 1959, viajou sozinho para os Estados Unidos enganando a família e a si mesmo, dizendo que tinha pessoas lhe esperando e em 64 foi deportado de volta ao Brasil, preso por uso e posse de drogas.

Começa ali um impasse que demoraria horas, até que a solução é dada pelo próprio Tim:

- "Ô, eu tenho um ideia muito melhor, Nelsinho. Como sou teu amigo, eu vou fazer o show sim, mas pede pro pessoal descer que eu canto aqui na praça mesmo."

No entanto Nelson lhe diz que isto não teria como acontecer. Os ingressos já tinham sido todos vendidos, o público todo já estava lá em cima e que ele teria que subir. Para não deixar o amigo na mão Tim resolve subir, mas num jeito Maia de fazer as coisas. Deitado no chão do bondinho.


Charge por Heitor Olimpio




Post por Heitor Olimpio

Maia Fashion Week

Tem se tornado cada vez comum que uma figura pública, principalmente da música, tenha influências no mundo da moda. Foi o caso de muitos artistas como Tina Turner, Elton John e The Beatles.

Tim Maia não fica tanto pra trás ao sofrer uma análise de estilo contextual. Obviamente sua estética não teve um aproveitamento devido e popular mas vale destacar pequenas coisas como músicas que embalaram algumas edições do Fashion Rio e do São Paulo Fashion Week. Além disso, a moda inspirada pelo Black 70's que veio para chegar como retrô, há alguns anos, se propõe ao que muitos artistas como James Brown, Jackson Five, Nina Simone e Tim Maia faziam. Vestiam e queriam passar como imagem.

Prova disso é a coleção de 2011 da Totem apresentada no São Paulo Fashion Week, onde os traços foram publicamente expostos como inspiração por Tim Maia e Nina Simone.




No mundo do futebol, onde a moda também tem o seu lugar, Tim Maia mais uma vez apareceu como inspiração. Em 2008, o Grêmio lançou uma camisa inspirada no estilo do síndico. Veja as fotos abaixo.


 
Post por Rafael Lundgren

terça-feira, 28 de maio de 2013

O show mais eletrizante de Tim Maia



Dizer qual é o melhor disco de Tim Maia é tarefa difícil até para os críticos mais respeitados do Brasil, tão fértil e versátil é a discografia do síndico. Mas quando o assunto é escolher qual foi o show mais eletrizante de sua carreira, há unanimidade: trata-se de uma apresentação única ocorrida no Teatro do Rio de Janeiro, em fevereiro de 1989.

O espetáculo foi mais uma das empreitadas independentes de Tim. Em janeiro de 1989, ele estava tão feliz que nem as dívidas, as ações trabalhistas e cíveis e um momento seu em baixa no mercado musical eram suficientes para derrubar seu ânimo. Tim confiava em seu trabalho e sabia que uma apresentação impecável em um lugar fantástico serviria para recolocar seu nome nas paradas e render um álbum ao vivo, algo que ele nunca tinha gravado. O disco, porém, seria lançado apenas 18 anos depois, em 2007.

O lugar seria o badaladíssimo Teatro Nacional do Rio de Janeiro, alugado pelo próprio Tim Maia para a ocasião. A apresentação foi executada por mais de 30 músicos, que formavam a Banda Vitória Régia, e uma orquestra de cordas integrada por dois grandes nomes: o violoncelista Jaques Morelembaum e o spalla Giancarlo Pareschi. Todos seguiram os arranjos criados pelo Maestro Lincoln Olivetti e a direção musical do amigo de Tim, Nelson Motta.

O show não tinha como dar errado e o repertório foi recheado de sucessos, como “Sossego”, “Primavera”, “Do Leme ao Pontal”, “Descobridor dos Sete Mares”, “Me dê motivo” e “Vale Tudo”. Todas as músicas foram cantadas por um Tim bem humorado e uma banda de extrema qualidade, que animaram a noite de 1,6 mil presentes naquele dia.

 

Post por Lara Braga e Raíssa Barreto

Por trás da música “Pra você parar”, de Lulu Santos

Tim Maia gravou "Como uma onda", de Lulu Santos e Nelson Motta, para uma campanha publicitária e foi um grande sucesso. Retribuindo a gentileza Lulu Santos gravou com muito êxito a música "Descobrir dos sete mares".

Já amigos, Lulu e Tim estavam no lobby de um hotel em São Paulo batendo um papo quando passou rebolando e provocando uma maravilhosa garota com pinta de profissional. Tim não perdeu tempo e falou:
- "Ah, essa aí eu dava casa, comida e roupa lavada. E mais cenzinho por mês, pra ela parar de se virar".

Lulu se divertiu com o fato e compôs a música "Pra você parar", um batidão funk com rap muito dançante. É considerada uma das melhores músicas do seu álbum Honolulu, de 1990.



"Pra você parar"

Casa, comida e roupa lavada
Eu dava
Casa, comida e roupa lavada
Eu disse
Casa, comida e roupa lavada
Casa, comida e roupa lavada

Cenzinho
Pra parar de se virar
Cenzinho
Pra você parar
Cenzinho
Pra parar de se virar
Cenzinho

Se tu qués, qués
Se tu não qués diz
Tu quere



Post por Anderson da Costa

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Walter Lopes, O Tim Maia de Vila Isabel

Foto especial para o Blog Chama o Síndico
Walter Lopes, 21 anos, ficou conhecido como o “Tim Maia de Vila de Isabel”, após interpretar o cantor no quadro “Lata Velha”, exibido no programa “Caldeirão do Huck”, no dia 21 de julho de 2012.

“Tudo começou quando o Luciano Huck postou na página dele do Facebook que iria sair à procura de uma ‘lata velha’ pelas ruas do Rio de Janeiro, passando pela Praça da Bandeira e Radial Oeste”, contou Walter em entrevista exclusiva para o Blog Chama o Síndico. “Sendo assim, saí de casa às 7h da manhã, para estar lá às 8h (horário em que o apresentador passaria pelo local)”, completou ele, que, com a roupa toda pintada de rosa, chamou a atenção de Huck.

Assim que Luciano chegou até Walter, já começou a questioná-lo sobre sua vida, o carro, o que ele fazia e se ele já havia cantado antes. “Eu disse que nunca tinha cantado (risos)”, contou o rapaz. Porém, isso não impediu a produção do programa de escolher Tim Maia como o desafio a ser encarado pelo jovem. “Fizeram essa escolha pela aparência e semelhança”, disse.

O “Tim Maia de Vila Isabel” revelou ainda que foi um grande desafio interpretar o grande Síndico, mas que ficou muito feliz com a ideia, pois sempre gostou do cantor. “O desafio de interpretá-lo foi difícil, porque eu não tinha uma afinação boa. Mas após dois meses e meio de treino, aprendi muito bem a interpretá-lo. E fiz uma brilhante apresentação!” contou, demonstrando grande orgulho pela sua performance e esforço.

Durante o período de treino, Walter teve a ajuda de profissionais ilustres, como o coreógrafo Victor Maia, que o ajudou nas questões de linguagem corporal, e o ator Tiago Abravanel, que interpretou Tim Maia no musical “Tim Maia – Vale Tudo, O Musical” e deu valiosas dicas ao rapaz.

A apresentação de Walter Lopes fez grande sucesso no programa e na internet. Ao lado da banda Vitória Régia, o menino de Vila Isabel tocou o coração dos fãs desse grande nome da música, ressuscitando-o por um breve momento na memória dos brasileiros.


Confira o programa e a apresentação de Walter Lopes clicando aqui e a reação dele ao receber a sua "lata velha" totalmente reformada e turbinada, clicando aqui

Walter esperando por Luciano Huck

O Tim Maia de Vila Isabel em ação
O Blog Chama o Síndico agradece imensamente pela sua divertida participação, Walter!

Entrevistado: Walter Lopes


Post por Larissa Acosta

Marisa Monte interpreta Tim

Confira a versão de Marisa Monte para a música Chocolate, do grande Tim Maia!



Post por Rafaela de Toledo

Marca registrada no futebol

Sebastião Rodrigues Maia, o Tim, também deixou sua marca no meio esportivo. Torcedor do América-RJ, o "Síndico" emprestou sua voz imponente de soulman para gravações históricas de hinos dos principais clubes cariocas. Desde então, nenhum intérprete conseguiu traduzir tão bem com sua voz as letras de Lamartine Babo. O talento de Tim ficou eternizado na primeira e na segunda edição do CD de Hinos da Placar, quando cantou em homenagem ao seu América-RJ.

Click nos links abaixo para ver os vídeos:






Post por Luanna Tavares

A Tim Maia de saias

Carioca de Pilares, Sandra Sá (como era chamada na época) surgiu como furação graças ao sucesso que fez no Festival MPB-80, da TV Globo, com o seu funk “Demônio colorido”, num mercado musical dominado por brancas, como Elis Regina, Maria Bethânia, Rita Lee, Gal Costa, Simone e Elba Ramalho. Foi uma grata surpresa ter uma grande cantora negra fora do universo do samba, o que era raro naqueles tempos.


O grande ídolo de Sandra era Tim Maia, e foi uma alegria para a cantora ser chamada pela imprensa de “Tim Maia de saias”, e um enorme presente quando seu amigo Junior Mendes apareceu com “Vale tudo”, dizendo que era uma música de Tim para ela. Começando na carreira, a música “Vale tudo” era simplesmente um big hit, tudo que precisava no momento. E o agradecimento pelo presente acabou virando um convite para que Tim gravasse junto com ela. Logo quando a música chegou às rádios, se tornou um sucesso instantâneo. O “Fantástico” exibiu um clipe da dupla e a primeira apresentação no Chic Show, no ginásio do Palmeiras foi apoteótica.



Post por Anderson da Costa

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Tim Maia nas redes sociais

Mesmo depois de 15 anos de sua morte, Tim Maia continua presente entre seus fãs em musicais, filme, reportagens e, como não poderia deixar de ser, nas redes sociais. Em sua página oficial no facebook, 310.154 pessoas curtem e pelo menos três vezes por semana a página é alimentada com fotos do artista, clipes, vídeos de shows e reportagens interessantes sobre esse grande cantor, que tinha muitos admiradores, mas também muitos inimigos, devido a seu temperamento hostil e rude.

Já no twitter, o inesquecível síndico tem uma página oficial com 582 seguidores e ali são postadas matérias e fotos de todas as fases de sua carreira. Assim foi Tim Maia, autêntico, verdadeiro e acima de tudo um eterno ídolo.

Click aqui para visitar a página do Facebook e aqui para o Twitter do Síndico.





Post por Suzana Moura 

César Belieny, músico que abriu show do Tim, fala sobre influência do cantor

Enquanto “I can’t stop loving you”, do Ray Charles, dominava o topo das paradas de sucesso do ano de 1959, Tim Maia embarcou com 17 anos para os Estados Unidos onde teve seu primeiro contato com a black music. A forte influência do estilo musical marcou a maneira como Tim pensava, entendia e criava suas músicas. Na década de 1970 um dos maiores sucessos do cantor, “Azul da cor do mar” era considerado uma baião soulidificado, assim como “Primavera”.

Pai da soul music brasileira, Tim era referência para artistas iniciantes, que buscavam no cantor um estilo a ser seguido. E não foi diferente para César Belieny, que começou a carreira na banda Nocaute, indicada como melhor álbum de hip hop da América Latina, e escolhida para a abertura do show do síndico no Circo Voador no ano de 199X.

Em entrevista ao blog chama o síndico, César conta a grande influência do Tim e de seu estilo. Confira:

BCS: De que forma você vê o soul music /batidas americanizadas na música brasileira?

CB: Com bons olhos. Acho que as variações dos gêneros de uma forma geral sofrem de mutação contínua, qualquer ritmo que tenha sido cristalizado possui sua raiz de formação. Patentear a soul music como estritamente de origem americana é tolice. Em uma análise mais profunda do gênero encontraremos certamente vertentes da música africana.

Isso posto, as coisas acabam por se retroalimentar, visto que somos deveras influenciados pela música africana. Estilos tachados como originalmente de gênese brasileira, como o samba, possuem sua matriz na África e acabam por se reencontrar por aqui no “sambasoul”, “sambafunk”, entre outros.

BCS: Qual é a influência de Tim Maia e/ou do gênero soul na sua musica?

CB: Influência total. Tive a oportunidade e o privilégio de abrir o show do Tim Maia no Circo Voador (o antigo circo). O gênero soul acabou por formar minha linha de composição e acrescentou muito no instrumento que me projetou como instrumentista: o baixo.

Na soul music, o baixo conduz a canção. Sempre fui fascinado pelo groove e a maneira como se difundiu na minha infância, na baixada Fluminense. Os bailes daquela época eram com música ao vivo e a música era o soul.

BCS: Como se dá a permanência do gênero no mercado atual? 

CB: Fundamentalmente ganhou ainda mais força com a ascendência do hip hop. As batidas usadas pelos Dj’s, quase em sua totalidade, vieram dos samples dos clássicos da Motown.
Isso valorizou e trouxe para uma perspectiva contemporânea a velha guarda da soul music, como: James Brown, Parliament, Tower of Power, entre outros. O rap fortalece a permanência e traz de volta a essência da raiz mais uma vez. Olha mais uma a mutação contínua acontecendo!

BCS: O que existe de enriquecedor, musicalmente falando, em misturar ritmos distintos?

CB: A amálgama que constrói a fusão dos ritmos encontra-se no cerne de nossa cultura brasileira miscigenada. Somos a própria mistura personificada, logo em se tratando de música, essa intrínseca consciência do ser antropofágico que devora ou é devorado nas mais diversas perspectivas colonizadoras, nos faz ricos de ritmos. Conseguimos não somente cristalizar gêneros, mas fazê-los referenciais ideológicos acompanhados de suas trilhas sonoras. Assim foi o mangue beat de Chico Science e Nação Zumbi inserindo guitarra elétrica distorcida ao maracatu concernente ao olhar de Josué de Castro. O coco e a embolada de Jackson do pandeiro sendo incorporada ao MPB/Pop de Lenine. A literatura de Cordel que ganha nos cantadores suas difusões. Muitas linhas e laudas poderiam ser dedicadas a um sem números de misturas ritmos peculiares desse nosso Brasil de caleidoscópio sem órbita.

(Foto: O Globo)


Post por Thaissa Garcia e Lucinei Acosta

terça-feira, 21 de maio de 2013

Direto do túnel do tempo!

Confiram algumas fotos do nosso querido cantor Tim Maia!

Tim Maia e Erasmo Carlos se encontram na época da Jovem Guarda. (Foto:J. Ferreira da Silva)



Tim Maia no hotel Bristol, em São Paulo. (Foto:Acervo Rosiclér Coelho)


Tim Maia participa do especial de fim de ano de Roberto Carlos, da Rede Globo, em 1985. Anos depois, Tim seria proibido de se apresentar na Globo por faltar as gravações de programas. (Foto: Rede Globo/Divulgação)



Tim Maia abraça os novos nomes da MPB em 1992: Carlinhos Brown e Marisa Monte, que estourou com a regravação deNão Quero Dinheiro. (Foto: Acervo Adriana Silva)



Tim Maia com a esposa Elizete, em 1989. Apesar do jeito truculento, ele se considerava romântico. (Foto: Marcelo Carnaval)



Tim Maia, no FAMPOP, tomando uísque. Durante um show em Bauru (SP), ele chegou a pedir um baseado para o público. (Foto: Antônio Milena)


Tim é internado devido a um edema pulmonar agudo causado por uma crise de hipertensão, seguida de uma parada cardiorrespiratória, uma semana antes de falecer (1998) (Foto: Róbson Moreira)

Fonte: abril.com.br



Post por Luanna Tavares

Globo homenageia Tim Maia no programa "Por toda minha vida"

Exibido em 14/12/2007, na Rede Globo, o programa "Por Toda Minha Vida" apresentado por Fernanda Lima, homenageou o nosso eterno Síndico.

Com uma estrutura que compreende depoimentos de familiares e amigos, dramatização e trechos de shows e reportagens, o programa destaca os momentos mais importantes da trajetória de Sebastião Rodrigues Maia.

No especial, Tim será interpretado, na infância, por Bruno Arguilhes Fisher, na adolescência, por Robson Nunes, e, na fase adulta, por Charles Maia.



Post por Luciana Nascimento

domingo, 19 de maio de 2013

Tim Maia tribute on East Village Radio


O famoso programa East Village Radio, gravado ao vivo em Nova York e apresentado por Paul Heck da Red Hot, um grande fã do nosso síndico, também prestou suas homenagens e dedicou uma edição especialmente ao nosso artista. Paul ajudou na compilação da coletânea lançada em comemoração aos 70 anos de Tim.
Para ouvir o programa, click aqui.










Post por Luís Felipe

Matéria no site Veja.com

O site Veja.com traz uma reportagem especial sobre a vida de Tim Maia. A matéria relembra frases marcantes, histórias, fotos e até a dieta deste grande ícone da música brasileira. Para conferir click aqui.



Post por Raphael Silva

quarta-feira, 15 de maio de 2013

As loucuras de Tim


Ele era único! Tão famosas quanto suas músicas eram suas loucuras. Mas ele era tão talentoso, que não precisava de imagem para se promover. Se precisasse, não conseguiria. Ele ficou anos proibido de se apresentar na TV Globo por causa de um desentendimento com Boni. Bom, pelo menos, pode-se dizer que ele era sincero e falava o que pensava.

O que não faltava era publicidade contra ele. A proprietária do Circo Voador, indignada por Tim não ter comparecido a um show enquanto uma multidão o aguardava, colocou uma enorme faixa em frente ao Circo dizendo "Tim não vai tocar pois está doidão".

Ele tinha uma frase: "O problema do gordo é que se ele beija, não penetra, e quando penetra, não beija."

E resolveu ir para um spa. Após uma semana de caldos, sucos e folhas, fugiu com a roupa do corpo em um caminhão de entrega de leite e mandou seu secretário ir para a churrascaria Carretão, em Ipanema, com o talão de cheques dele. Quando chegou lá, encontrou Tim em torno de feijão, arroz, carne e batata. Naquele dia, ele havia chegado ao meio dia e saído às 20 horas da churrascaria.

Na primeira entrevista, ele disse: "Fiz uma dieta rigorosa! Cortei álcool, gorduras e açúcar. Em duas semanas perdi 14 dias".

No dia 28 de setembro de 1974, Tim completaria 32 anos e faria um show em Além Paraíba, cidade origem de sua família, no interior do Rio. Ele havia sido contratado pelo Lions, que fez questão de instalar ele e a banda no melhor hotel da cidade. Tim começou as comemorações pelos bares da cidade e voltou ao hotel cambaleando. Ao chegar no seu quarto, apagou.

O pessoal do Lions, em desespero, foi ao quarto do hotel 3 vezes para tentar acordar o cantor. Enquanto isso, o prefeito e uma multidão o esperavam cantando "parabéns pra você". Somente na quarta tentativa, ele acordou e foi para o show cambaleando. Ao invés de parabéns, Tim foi recebido com vaias. Respondeu xingando o público e saiu deixando a banda na fogueira. O delegado da cidade, em meio a confusão e com o quarto onde estavam hospedados com cheiro de maconha, deu voz de prisão à banda. Tim, a essa altura, já estava em um táxi a caminho do Rio.

Tim tinha uma relação muito familiar com sua equipe. Um dos músicos de sua banda, Carlos Dafé, relata que se assustou com a primeira visão que teve do cantor. Ele estava em um hotel no Lido (Copacabana) que era freqüentado por prostitutas e o recebeu nu. Por sorte, estava enrolado em um cobertor com Janete, uma prostituta que era sua amante. Tim falou para ele ficar tranqüilo pois estava contratado e já foi logo dando um cigarro de maconha para ele. Inclusive uma das coisas que Tim mais gostava era oferecer maconha para as pessoas, principalmente para aqueles que nunca haviam fumado.

Na época das vacas magras, Tim tinha um Fusca velho. Após fumar muitos "baseados" com sua banda, pediu que eles fossem comprar uma comida congelada que ele adorava, falando que não podia ficar na "larica" . Os músicos não queriam ir pois o carro estava em péssimas condições, poderia parar de funcionar a qualquer momento. Mas Tim insistiu muito e eles foram. Na primeira blitz foram parados e o guarda queria levar o carro devido às condições do veículo e prendê-los. Tim era uma autoridade respeitada para todos. Os músicos argumentaram que ele não poderia fazer isso pois eles eram "Os Músicos do Tim Maia" e mostraram a capa do disco em que eles apareciam. O guarda se convenceu e quis ficar não apenas com a capa mas também quis ir pessoalmente à casa de Tim para pegar o disco. Tim recebeu-o e fez questão de acender um "baseado" para o policial. Este momento inspirou a música "Acenda o farol".



Post por Marcelle Bottini

Tim no Especial Roberto Carlos de 1985

Em 1985, Roberto Carlos foi pessoalmente a editora Seroma convidar Tim para seu especial de fim de ano na Globo. O programa foi dirigido pro Augusto César Vannucci e escrito pela dupla Boscoli e Miele. Começava com um pequeno diálogo entre Erasmo e Roberto, relembrando os velhos tempos de Tijuca, dos Sputniks e de um gordinho talentoso. E Tim e Roberto cantavam “Pede a ela”, um com sua voz doce, discreta, e o outro com a sua no volume máximo de fúria e romantismo.


Vídeo do encontro:


Post por Anderson da Costa

terça-feira, 14 de maio de 2013

Uma figura e de Humor Ácido


Claudio Mazza

“Alô, Vitória Régia!”. Era só ouvir essa frase dita pelo Síndico para saber que a diversão estava garantida. Mas o que era Vitória Régia? Nada mais e nada menos a banda que o acompanhou por 22 anos. Batizada, assim, com o nome do local onde ele ensaiava com os seus músicos escolhidos criteriosamente: à ladeira Vitória Régia 165. É o que nos conta o tecladista da banda e que hoje também assume os vocais Claudio Mazza que esteve com Tim Maia nos seus últimos anos de vida.

Mazza teve seu primeiro contato com o grande mestre da MPB ainda pequeno em um clube em que seu pai fazia empréstimo de instrumentos, porém só fora trabalhar com ele após ser apresentado pelo produtor musical Almir Chediak, já falecido, na gravação da música ‘Aquele Abraço’. O tecladista que tocou ao lado de Tim Maia durante 9 anos não escapou de ter algum atrito com o músico: “foram duas ou três discussões horríveis. E sempre foi para defender os outros companheiros da banda quando erravam a nota, pois o Tim exigia uma alta qualidade musical. Ele era uma antena”. Apesar desses desentendimentos profissionais o tecladista elogia bastante o Sindico da MPB: “Ele era um cara que detinha muita cultura. Buscava muita informação principalmente sobre música: Samba, Bossa Nordestina e é claro Soul Music. Trabalhar com ele foi uma grande escola”. E o define como “uma figura de humor ácido e muito amigável”.

Sobre os shows que o cantor não comparecia ou atrasava, Claudio Mazza nos contou que toda vez que isso acontecia “era quando ele estava doente, ou doidão, ou até mesmo estava com algum oficial de justiça”. Ele ainda nos revelou que “quando Tim via algum movimento estranho ou alguém com terno e gravata ele saia de onde estava”.

No último show de Tim Maia, do qual o músico passou mal e que estava sendo gravado para um especial para a televisão, no Teatro Municipal de Niterói (RJ), Mazza estava lá e não acreditou no que via: “Achei que ele estivesse brincando. Fiquei sem chão”. E depois dos 15 anos da morte do cantor ele ainda sente falta de sua presença ilustre principalmente quando sobe ao palco para cantar seus maiores sucessos: “tanto eu quanto meus colegas sentimos um vazio. Mas estamos sobrevivendo”. E diz que o maior legado deixado por ele é quanto à importância da música, pois sem ela “teríamos uma inteligência rasa”.

Atualmente Claudio Mazza juntamente com os seus companheiros de banda vêm fazendo shows de maneira bem mais calma do que na época em que Tim Maia estava vivo. E a banda prepara um CD com músicas inéditas que têm influência do “gênio da música”.

Claudio Mazza tocando e cantando no Do Leme ao Pontal. Foto retirada da página do Facebook da Banda Vitória Régia


Post por Aryanne Dos Santos

domingo, 12 de maio de 2013

Entrevista com Pablo Ascoli, o Erasmo Carlos em Tim Maia "Vale Tudo" - O Musical

Pablo Ascoli faz parte do elenco do musical Tim Maia “Vale Tudo” – O Musical, dirigido por João Fonseca, que está em cartaz no Theatro NET Rio há mais de cinco meses, devido ao enorme sucesso.

O ator interpreta Erasmo Carlos, grande amigo do nosso Síndico, e conta para a gente um pouco da sua experiência nesse grande espetáculo. Confira:


BCS: Você interpretou Erasmo Carlos, amigo de longa data de Tim Maia. Como foi essa experiência? Como você fez para conhecer Tim tão intimamente a ponto de interpretar um de seus maiores amigos?

PA: Todo o nosso processo de trabalho começou pela biografia do Tim Maia, que foi escrita pelo Nelson Motta. Ali a gente pode conhecer um pouco mais da intimidade do Tim. Eu mesmo não sabia dessa relação entre eles, nunca imaginei. Além disso, o próprio Nelson, amigo intimo do Tim, teve algumas conversas com a gente para alimentar ainda mais o nosso processo criativo. Após tudo isso, fui ver vídeos, fotos, coisas que me colocassem dentro do universo do Erasmo e mais próximo da época em que o interpreto no espetáculo.


BCS: Em uma de suas apresentações, o próprio Erasmo estava entre os presentes na plateia e, além de se identificar com a sua representação, também se emocionou muito com o seu trabalho. O que você sentiu nesse dia?

PA: Esse dia foi especial demais em vários sentidos. Era a nossa estreia VIP e muitas pessoas importantes, que avaliariam nosso trabalho e o fariam ser o que é hoje, estariam presentes. Porém, o mais especial para todos nós foi o fato de uma figura viva estar ali presente, bem na terceira fileira. Eu não sabia, descobri quando entrei em cena. Quase morri (risos). Evitei olhá-lo durante o espetáculo. No final, tentei falar com ele mas soube que saiu correndo e que não queria falar com ninguém e nem dar entrevistas, pois estava extremamente emocionado. No dia seguinte, mandou um e-mail ao Nelson Motta e pediu para que encaminhasse ao elenco dizendo que não aguentou tanta emoção em ver sua vida, seus amigos, sua história ali sendo interpretada. Ficou muito feliz e disse que o fiz muito bem (risos). 


BCS: Antes de fazer parte do elenco de Tim Maia: Vale Tudo - O Musical, qual era a sua relação com Tim? Era fã, conhecia as suas músicas e personalidade?

PA: Tim Maia está presente na vida de todo mundo, não é?! Não tem como não ouvir, não curtir. Sempre gostei da levada Soul dele, inovando no Brasil um estilo maravilhoso. Nunca fui fã, mas sempre gostei. Um episódio interessante, é que eu trabalhava no Teatro Municipal de Niterói quando ele fez o show e passou mal... aquilo me marcou muito! 


BCS: Entre tudo que você aprendeu e viveu, qual foi a melhor parte de participar desse espetáculo? O que você levou de melhor dessa experiência?

PA: São duas coisas fantásticas nesse trabalho. Uma é ter a experiência de ser dirigido pelo maravilhoso João Fonseca, com quem aprendo diariamente. Outra é viver ao lado desse meu elenco que tanto amo, afinal, já é muito tempo junto. Eles viraram uma família para mim. E que família abençoada!


BCS: Como foi fazer um musical sobre o Tim Maia? Qual a maior dificuldade que você sentiu/sente por ter uma repercussão tão grande?

PA: Nenhuma biografia é fácil, não é?! A gente sempre esbarra em escolher o que contar, afinal, não dá para contar tudo. Em 3 horas de peça, não contamos nem 1/3 da vida dele. Quanto à repercussão, não vejo problema nisso. A vontade que dá é de que todos consigam assistir/conhecer a obra desse cara incrível que foi o Tim. Então, quanto maior o número de expectadores, melhor! Meu ofício é trazer alegria, é transformar as pessoas, e que elas sempre saiam do teatro diferentes do que entraram!


Pablo Ascoli

Muito obrigada, Pablo. Nós aqui do Blog Chama o Síndico desejamos ainda mais sucesso para o musical e para você!



Post por Larissa Acosta e Rafaela de Toledo

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Jimmy, the Brazilian


Em Tarrytown, cidadezinha de 11 mil habitantes, 40 km ao norte de Nova York, Tim Maia fez um pouco de tudo, inclusive bicos como garoto de programa para as senhoras do povoado.

Ele se fixou ilegalmente nos EUA em 1959, aos 17 anos, se estabelecendo em Tarrytown, onde tinha o contato de uma família amiga do Brasil. Lá entregou pizza, trabalhou de zelador, em asilo e fez uma imersão na música e cultura americanas (à época, era efervescente a cena musical de Tarrytown).

Na cidade do condado de Westchester, o jovem Tim compôs "New Love", música que regravou em 1973, já famoso, e teve a primeira das cinco passagens pela polícia americana.

Quem relembra e conta as histórias é o músico americano Roger Bruno, 66, co-autor de "New Love" e parceiro da The Ideals, banda da qual Tim Maia fez parte nos EUA. "Acima de tudo, ele era muito focado na música, levava tudo muito a sério", conta Roger Bruno, que perdeu contato com o brasileiro depois de sua prisão.

A temporada americana de Tim terminou em 1964, após passar seis meses preso na Flórida (por ser flagrado fumando maconha com três homens num carro roubado) e ser deportado para o Brasil.

Os amigos americanos recordam Tim como "Jimmy, the Brazilian". Roger Bruno conta que só em 2007, por meio do jornalista Allen Thayer, descobriu que o ex-colega, anos mais tarde, havia se transformado em Tim Maia, um dos grandes nomes da música brasileira. Ele também se disse surpreso com a ausência de seu nome nos créditos de "New Love" quando o brasileiro a regravou.

Apesar disso, depois de conhecer a extensa obra de Tim Maia, Roger Bruno conta ter se impressionado com a carreira do ex-colega Jimmy. "O impressionante é que o timbre da voz dele permaneceu praticamente o mesmo após tantos anos e muitos excessos".

Tim Maia (primeiro à dir.) com seus colegas na The banda Ideals, nos anos 1960, nos EUA
Fonte: Folha de São Paulo


Post por Albertina Guanabara

terça-feira, 7 de maio de 2013

Tim, o queridinho das propagandas


As músicas de Tim Maia são conhecidíssimas e, mesmo após sua morte, continuam fazendo grande sucesso. Com letras marcantes, as agências de publicidade logo perceberam que as músicas de Tim dariam ótimos jingles para as suas campanhas publicitárias.

Cinco comerciais que marcaram pelas músicas de Tim Maia:

1) Comercial Publicitário das sandálias Rider – 1993



2) Novamente as sandálias Rider usam a música de Tim Maia (na voz de Lulu Santos) na sua campanha – 2008



3) Comercial da Pepsi, com a música "Você" - 2009



4) Vejam só que bacana a idéia da Intel para vender seus processadores – 2011



5) Tim sempre foi o queridinho das propagandas, veja a campanha da Antarctica Sub Zero – 2012



Post por Lais Pereira

A história da música "Azul da Cor do Mar"

Em 1969, Tim Maia ainda era um anônimo. Estava procurando um lugar para morar e foi pedir abrigo ao seu amigo Fábio, um cantor paraguaio que estava fazendo sucesso. Fábio dividia com seu empresário, Glauco Timóteo, um apartamento na rua Real Grandeza, em Botafogo, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro. Lá era um entra-e-sai de meninas devido ao sucesso do cantor paraguaio.

O apartamento era de dois quartos, um de Fábio e outro de Glauco. Restou para Tim o velho sofá da sala, chamado de dromedário, no qual ele passou a dormir.

O movimento intenso de mulheres continuava, com Glauco e Fábio aproveitando o sucesso e a juventude.

Já Tim Maia ficava sempre sozinho, vendo todas aquelas garotas entrando nos quartos com Fábio e Glauco. Ouvindo risos, gemidos e gritos, Tim ligava o gravador e cantava com tristeza e raiva, chegando até aos prantos.

Até que Fábio e Glauco viajaram com os músicos para shows em Salvador e Recife, deixando Tim Maia solitário em casa. Logo, ele abandonou o dromedário e passou a ficar na cama de Glauco. Na parede em frente à cama havia um pôster colorido de uma morena, contra o mar azul do Taiti. Tim, se sentindo muito só, pegou no violão e começou a cantar.

Quando Fábio voltou da viagem, Tim Maia ligou o gravador e disse que tinha feito uma música inspirado no pôster. A canção era "Azul da Cor do Mar".

"Mermão!", gritou Fábio, que, abraçando Tim, completou: "tu acabou de fazer a música da tua vida!".
"Azul da Cor do Mar" se transformaria em um dos grandes sucessos de Tim Maia.


A música "Azul da Cor do Mar":



O programa "Por Toda a Minha Vida" sobre Tim Maia, da Rede Globo, apresenta a história de "Azul da Cor do Mar". A história da música começa a partir de 0:18:10. Abaixo, o programa completo:





Fonte: Livro Vale Tudo. Tim Maia - Nelson Motta

Post por Daniel Trigueiros

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Leo Maia – O filho de Tim


No dia 11 de março de 1976, Tim Maia foi pai, pela segunda vez, de um menino. O filho chamado Márcio Leonardo, popularmente conhecido como Leo Maia, conta que no dia em que nasceu, nosso querido cantor fez uma festa junto a dois amigos na maternidade em que veio ao mundo, localizada no bairro de Botafogo – Rio de Janeiro.

Leo afirma que Tim foi o responsável por introduzi-lo à música, ensinando-o a tocar violão aos 7 anos de idade. Segundo o cantor, ser filho de Tim Maia não é fácil. Porém, acredita que os dois – pai e filho – têm uma ligação espiritual muito forte, e diz sentir muito orgulho do Síndico da MPB - que já foi entregador de marmitas e chegou a gravar uma música para Leo e seu irmão Telmo. A canção “Márcio Leonardo e Telmo” está presente no álbum Tim Maia, lançado em 1976.

Márcio Leonardo chegou a cursar uma faculdade de direito, mas com a morte do pai, em 1998, percebeu que não tinha motivos para concluir o curso, já que só o fazia para administrar a carreira do pai.

Em 2005, lançou seu primeiro álbum Cavalo de Jorge, onde trouxe 13 faixas numa mistura de pop rock com sotaque de black music. Em 2008, o segundo disco de Leo foi lançado. Cidadão de Bem tem no repertório muita black music, soul e rock. Em 2009, Sopro do Dragão foi lançado. O terceiro álbum do cantor, traz batidas de funk e soul.

No dia 13 de abril de 2013, Leo fez um show numa casa noturna da zona sul de São Paulo, no qual fez uma homenagem a seu pai Tim Maia.


Post por Gabriela Albuquerque

Os 70 anos de Tim pelo mundo

Foi lançada nos Estados Unidos a coletânea The Existencial Soul of Tim Maia - Nobody Can Live Forever. Uma versão em CD e uma tiragem super especial e limitada em vinil duplo! São 15 faixas, todas gravações de Tim.
Em 28 de setembro de 2012, o nosso querido Síndico completaria 70 anos e, por isso, a gravadora Luaka Bop resolveu prestar essa homenagem.
Uma verdadeira comemoração ao redor do mundo foi organizada e as primeiras cidades a celebrar foram:
Nova York, Los Angeles, San Francisco, Portland, Washginton D.C, Chicago, Londres, Gotemburgo, Lisboa e Melbourne, com muita soul music brasileira e muita festa.
Até no famoso The New York Times, Tim Maia foi notícia.
Uma prova da importância de Tim para a música brasileira. Um verdadeiro gênio que continua cruzando fronteiras.






Post por Luís Felipe

A presença de sua ausência

Ter ido a um show de Tim Maia foi uma uma experiência incrível e visceral para mim.

Sua presença era única, sua voz inconfundível, suas piadas de mau gosto, especiais . Realmente, indescritível. Agora, o que dizer de ter ido a um show de Tim Maia em que ele não apareceu? Muitas pessoas, eu diria a maioria das delas, que fossem a um show em que o artista não tivesse aparecido, teriam ficado revoltadas e exigido o seu dinheiro de volta. Mas no meu caso, ou melhor, no caso de Tim, isso era apenas parte do grande espetáculo que foi sua carreira.

Conhecido por sempre atrasar e, por vezes, nem comparecer aos seus shows, ter presenciado sua ausência só me aproximou e me fez admirar mais esse cara tão autêntico. Tim era f...!!

Com todos os (bons e maus) significados que essa palavra possa ter.

Tim faz parte da minha vida desde muito criança. Minha casa sempre foi um lugar musical e ele fazia parte da trilha sonora quase que diariamente. Suas músicas embalaram muitos churrascos, festinhas, aniversários, enfim, pintava alguma oportunidade e lá estava ele com aquela voz maravilhosa adentrando, ou melhor, invadindo nossa casa. Na minha adolescência as coisas não foram muito diferentes. Já estava contaminada por sua música, já as conhecia quase todas, elas eram parte fundamental das minhas baladas, principalmente na hora da música lenta...Já dei muitos beijos graças ao Síndico...

E ainda hoje, tanto tempo depois, mesmo meio a tantas novidades musicais, ele permanece ali, intocável e irretocável. Sua figura ainda é polêmica mesmo depois de sua morte e o cantor continua sendo referência para muito artista. Sempre será. No bom e no mau sentido. Tim é o cara, sua ausência consegue ser tão forte quanto sua presença.


Post por Tatiana Magalhães

Tim Maia na Política



A biografia de Tim Maia, escrita por Nelson Motta, é um dos melhores livros publicados no ano de 2007. Se olharmos por critérios técnicos, o livro realmente é uma bagunça, assim como a vida do retratado, porém não deixa de ser muito divertido, de fácil leitura e bastante útil àqueles que desejam descobrir um pouco mais sobre a vida de um dos maiores intérpretes e compositores da MPB.

Uma passagem muito divertida é quando convidaram Tim Maia para entrar no PSB, onde seria o candidato a Senador pelo Rio de Janeiro.

Um trecho do livro diz que, ao ser perguntado por que escolhera o pequeno PSB, politizou o célebre aforismo brasileiro: “O Brasil é o único país onde, além de puta gozar, cafetão ter ciúme e traficante ser viciado, pobre é de direita”.

Tim Maia se filiou ao PSB no ano de 1997, mas morreu em março de 1998, pouco antes de começar a campanha para valer.






Fonte: Blog Acerto de Contas


Post por Alessandra França de Moraes

Entrevista com Nelson Motta sobre o Síndico na antiga TV Cultura

Autor da biografia “Vale Tudo – O som e Fúria de Tim Maia”, Nelson Motta conta no programa Ensaio da antiga TV Cultura como foi o primeiro encontro entre Tim Maia e Elis Regina.

Para assistir, click nos links a seguir: Bloco 1 - Bloco 2 - Bloco 3


Tim Maia e Elis Regina



Post por Raphael Silva